Em 9 anos de Cabrun! nenhum cliente ou prospect chegou exatamente com essa pergunta, mas eu sei que ela passa pela cabeça de muitos empreendedores e gestores de marcas, especialmente de pequenos negócios. Vou elaborar, mas a resposta é na lata: desenvolver conteúdo em primeira pessoa para a marca não só pode como deve.
Por aqui isso aconteceu meio que organicamente. Eu estudo muito e constantemente sobre os serviços que a Cabrun! oferece, que é marketing de conteúdo. Acho que nada mais honesto, justo e transparente do que dividir as descobertas e insights em primeira pessoa porque eles geralmente vêem acompanhados de uma elaboração muito particular, com base em 9 anos de experiência e não tem nada de mais valioso a oferecer para o meu público, formada basicamente por clientes, prospects, parceiros e pessoas interessadas em comunicação no geral.
Levei a mesma lógica para o meu segundo negócio, a Cheimelier (@cheimelier), em que desenvolvo cosméticos naturais com o diferencial da perfumaria botânica. Divido as descobertas e não escondo a vulnerabilidade, os percalços e o aprendizado, já que é um caminho ainda mais novo para mim.
Assisti recentemente a uma aula gratuita da Ana Holanda e do Tiago Belotte sobre um curso que eles dão chamado Alma, cuja proposta é destravar empreendedores na produção de conteúdo sobre o negócio. Eles confirmaram essa possibilidade da primeira pessoa e destacaram outros pontos importantes nessa busca por se fazer conteúdos mais genuínos e autênticos:
A coisa que mais trava uma pessoa a divulgar um negócio usando primeira pessoa é a falta de confiança na capacidade de escrever ou de explicar o que faz em áudio ou vídeo. Tem gente também que não consegue encontrar valor na própria história. É preciso superar tudo isso.
Também é uma espécie de autossabotagem achar que só conteúdo baseado em referências, pesquisas, dados e fontes renomadas de determinado mercado tem valor. É muito comum que o empreendedor de um pequeno negócio tenha um conhecimento profundo e uma relação muito próxima com os seus clientes. Se ele souber explorar essas experiências em uma linguagem de fácil compreensão, a possibilidade de ser bem-sucedido é muito maior, uma vez que os consumidores também estão se interessando por marcas com um discurso mais autêntico e legítimo.
Agora alguns pontos, baseados na minha experiência, que acho muito importante antes de se começar a produzir conteúdos em primeira pessoa para o negócio:
É ok compartilhar percalços e algumas dificuldades, mostrando o lado humano do negócio. O que não pode, a meu ver, é vacilar demonstrando insegurança. Se vai falar em primeira pessoa, saiba conduzir a narrativa e mostre sua autoridade no assunto de que vai falar. Já vi negócios ruírem porque os sócios não dominavam muito bem o segmento de atuação, não acompanhavam tendências e inovação e tiveram dificuldades tremendas de se posicionar como autoridade. É bom saber que essa é uma falha que a comunicação não corrige.
Outro erro grave que noto nos empreendedores é abandonar a frequência em momentos em que têm que cuidar de outros aspectos do negócio. Tem dois motivos pelos quais perder a mão da frequência não é legal: as redes sociais acabam “punindo” o perfil, reduzindo o alcance do conteúdo orgânico produzido, e a comunidade também se dispersa na ausência, estando mais suscetível para se engajar com a concorrência.
Essa é uma cilada comum porque as principais referências para os empreendedores que partem para assumir a narrativa do negócio em primeira pessoa são os influenciadores. É preciso ter discernimento da diferença de propostas de comunicação. Um influenciador vende um estilo de vida. A história é a parte da vida real deles que eles decidem mostrar e as marcas pegam carona nesses momentos. No perfil da empresa o foco é preciso ter moderação e apresentar aspectos da vida pessoal que tangenciam ou criam oportunidades para falar do negócio. Você corre o risco de dispersar sua audiência se não pensar dessa forma.
Tenha uma certeza: assumindo essa narrativa em primeira pessoa ou não, investimentos precisam ser feitos para uma comunicação efetiva. Por mais que você assuma muitas funções, dificilmente você consegue tocar o seu negócio e pensar em estratégias de conteúdo, produzindo layouts, textos, fotos e vídeos com qualidade. Vai precisar chamar quem saiba e remunerar essa cadeia de produção.
Mais uma informação importante para o empreendedor assimilar é que, muitas vezes, ele se sente frustrado porque até é, de fato, uma autoridade, e está produzindo com frequência, mas não é todo mundo que curte, se engaja. Bom, é muito importante reconhecer a dimensão do negócio. Dou o exemplo do meu, Cheimelier. Tenho uma pequena linha de produtos de higiene pessoal. Teoricamente, todo mundo precisa de produtos de higiene pessoal, mas eu ofereço produtos naturais, com toque de perfumaria botânica. Aí vou afunilando o meu público potencial porque as pessoas estão em diferentes graus de entendimento e consumo acerca dos produtos com matéria-prima 100% natural e outras já estão felizes com as marcas que escolheram para consumir. Seria decepcionante se eu esperasse atingir a massa pelo simples fato de ter um perfil no Instagram alimentado com regularidade.
É preciso tempo, paciência, persistência e um trabalho com propósito e constância para reunir em torno do negócio uma comunidade realmente significativa. O empreendedor precisa ter essa clareza para não desistir depois do primeiro mês por puro desconhecimento da mecânica das plataformas de comunicação possíveis, que à primeira vista parecem tão atraentes e certeiras. Convém ter consciência de que são potentes e é preciso investir nelas, mas os resultados só vêm com um trabalho bem-feito e direcionado. Não é um projeto de curto prazo, escolhendo produzir o conteúdo em primeira pessoa para a marca ou não. Convém contar com uma boa assessoria nessa jornada.
Vamos desenrolar sua história?
O conteúdo é uma eficiente ferramenta de comunicação e elemento estratégico para o negócio das empresas que atendemos.
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