Get Together, um livro sobre formação de comunidade
Comunidade é o tema da vez na comunicação, não é mesmo? Parece que com o colapso meio que iminente das redes sociais e com grandes desafios em toda e qualquer plataforma de comunicação, a formação de comunidades virou meio que uma obsessão das marcas e empresas com potencial de reunir pessoas em torno de um objetivo, uma necessidade ou uma paixão comum. De fato, é uma possibilidade e pode ser maravilhoso, mas não é tão fácil assim. O livro “Get Together – How to build a Community with Your People”, de Bailey Richardson, Kevin Huyhn e Kai Elmer Sotto, joga alguma luz sobre o tema.
Construa a comunidade com pessoas e não para pessoas
“Construa a comunidade com pessoas e não para pessoas”. Essa é a frase mais emblemática de “Get Together”. E é justamente por isso que acho que apesar de desejar uma comunidade forte, poucas marcas vão se empenhar o suficiente em formá-la porque construir coisas com pessoas dá trabalho e comunidades, apesar de serem grandes fontes de informação e, eventualmente, bons ambientes de experimentação, não são exatamente rentáveis. Sabemos o quanto o imediatismo rege os nossos tempos.
Mais uma pedra no caminho das empresas na hora de formar comunidades: o marketing não consegue fabricar os pretextos que fazem as pessoas se unirem espontaneamente. “Paixão genuína atrai pessoas apaixonadas”, frisam os autores. Então, o trabalho principal é focar nessas paixões genuínas já existentes.
Ao longo da leitura, os autores dão várias dicas para descobrir as pessoas certas para a comunidade, estimular a participação delas, mirar no crescimento da comunidade, encorajar novas lideranças. Eu vou destacar alguns pontos importantes, mas recomendo fortemente a leitura do livro completo.
- “Pare de pensar na sua comunidade apenas como uma audiência, em vez disso, trate bem as pessoas”.
- O que as suas pessoas não podem fazer sozinhas e é melhor fazer em grupo?
- Para que qualquer comunidade floresça, é essencial que os membros tenham um espaço para falar uns com os outros diretamente sem a intermediação dos líderes ou fundadores.
- O ingrediente faltante em muitos protótipos de comunidade é dedicação.
- Um sinal de comunidade “vibrante” é novos membros entrando porque eles desejam.
- Destaque as pessoas inspiradoras da comunidade.
- A comunidade é um organismo vivo. Ou está declinando ou aumentando. Não tem meio termo.
- Procure insights perguntando às pessoas por que elas estão ali e o que gostariam de ver mais.
- O que é frustrante? Por quê? Essas também são perguntas importantes.
- Aumentar uma comunidade não é sobre gerenciamento, é sobre desenvolvimento de futuros líderes.
- A maior função de uma comunidade é construir um sistema potente de apoio em vez de um punhado de ferramentas que não ajudam muito.
- Construa uma comunidade que pode responder às mudanças, pois elas são inevitáveis.
Eu acredito na potência das comunidades. Aqui na Cabrun! temos nos debruçado sobre o assunto e trabalhando em alguns projetos proprietários para oferecer esse tipo de serviço também a nossos clientes, como consultoria ou como mão na massa. Vamos conversar?
