Quando nos propomos empreender, ficamos muito focados no que podemos fazer para acertar. O fato é que as inevitáveis cabeçadas, se bem absorvidas e assimiladas, podem ser atalhos para a fluidez e tranquilidade que desejamos para os negócios. Quando me movimentei para montar a minha agência de produção de conteúdo, há quase dez anos, eu achava que os meus serviços serviriam bem a praticamente qualquer empresa. Hoje, tenho muita clareza de quem tem perfis de clientes que não poderei ajudar, ou pelo menos não naquele momento. E de outros, deliberadamente, fujo mesmo porque não tem dinheiro no mundo que justifique a energia investida em alguns projetos e estou muito tranquila com isso.
Evidentemente, esse faro apurado para o que não vai dar certo, eu só desenvolvi depois de alguns perrengues e eu acho válido compartilhar algumas dessas lições aqui porque eu uso esse critério para poupar o meu tempo e acho que prospects ou empresas que estão cogitando produzir conteúdo de forma profissional podem poupar o delas também caso se reconheçam em algumas dessas situações:
Vamos aos perfis:
Tem MUITO empreendedor que não faz lição de casa. Ou seja, abre uma empresa e quer ganhar dinheiro com ela no dia seguinte, mas não estuda mercado, personas, concorrentes diretos, forças e fraquezas, diferenciais e nem entende que se posicionar em um mercado, seja ele qual for, geralmente leva tempo.
Como o conteúdo supõe uma comunicação com base em informação e total transparência, fica difícil corrigir essa rota, até porque não é a nossa função como agência reparar modelos de negócio. No máximo conseguimos com alguns insights vindos da própria comunicação que podem auxiliar nas reformulações. Talvez um trabalho de performance ou publicidade mesmo funcione melhor para esse tipo de cliente, mas, certamente, o despreparo para a atividade trará percalços em algum momento.
Produção de conteúdo é uma construção a quatro mãos, agência e empresa trabalhando em absoluta sintonia (na verdade, deve ser assim também em outros serviços de comunicação). Mas, existe um tipo de empresa que nunca tem tempo para se dedicar à própria comunicação, que é a face pública do negócio. Donos e gestores estão sempre indisponíveis, deixando a agência de mãos atadas para a produção de conteúdos únicos e exclusivos, que realmente sejam capazes de atrair o público de interesse e transmitir o espírito da marca. Aqui, só será possível produzir conteúdo padrão e homogêneo demais, o que não é efetivo em termos de resultados e a experiência de trabalho tenderá a ser frustrante tanto para o cliente como para a agência.
Tem empreendedor e gestor de marca com muita pressa para chegar a resultados e a produção de conteúdos deve, no geral, ser considerada como investimento constante para a colheita de frutos no médio e longo prazo. Às vezes é desconhecimento da dinâmica das coisas (nesse caso até dá para investir um tempo e explicar), às vezes é imaturidade, às vezes é má fé mesmo, de querer transferir responsabilidades.
Esse é um problema comum dentro de empresas de todos os portes e acaba prejudicando todas as iniciativas de comunicação, não só conteúdo. É complicado quando é uma situação crônica. Aí geralmente é um negócio condenado a girar no modo de sobrevivência sempre. Zero atraente para qualquer fornecedor.
É o perfil de empresa que até foge de todos os pontos mencionados acima, mas por falta de estratégia ou capacidade de investimento, quer fazer conteúdo, mas sem muita estrutura, em cima de um site ruim do ponto de vista de indexação, com pouco ou nenhuma verba para recursos visuais. A possibilidade de não sair do lugar com a produção de conteúdo é grande e a cobrança virá de todas as formas, então preferimos sugerir que vá corrigindo ainda que gradativamente esses problemas antes de dar sequência a um planejamento bacana.
Bom, esse caso eu consigo sentir o cheiro de longe e saio correndo em zigue-zague. O caso do cliente que não tem grana para investir e usa o velho papo de podemos crescer juntos…Pensa bem: se a própria empresa não tem segurança para investir na comunicação dela, por que eu vou? Na Cabrun!, estamos totalmente fora desse tipo de proposta e preferimos até deixar essas horas disponíveis para um trabalho pro bono porreta de uma causa em que realmente acreditamos.
Encontrar-se em uma dessas situações não significa que nunca poderá investir em produção de conteúdo, mas claramente há coisas a serem ajustadas para que possamos um fazer um trabalho de construção efetivo. Vamos adorar poder contribuir quando chegar o momento.
Vamos desenrolar sua história?
O conteúdo é uma eficiente ferramenta de comunicação e elemento estratégico para o negócio das empresas que atendemos.
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