Uma coisa que venho observando há algum tempo – e que se consolidou no período de distanciamento social – é a quantidade de profissionais autônomos que estão fazendo conteúdos extremamente interessantes em diversos formatos e reunindo audiência interessada no que eles têm a dizer em diferentes plataformas.
Não é exagero dizer que muitos deles, mesmo sozinhos ou com pouca ajuda, têm pensado melhor em seus negócios, nas narrativas que vão levar para a audiência e feito um trabalho melhor, mais consistente e coerente do que muitas marcas que têm inclusive departamentos e verbas dedicadas para o marketing.
Para produzir esse post, conversamos com alguns desses profissionais para entender a relação deles com conteúdos e que impactos essas iniciativas têm trazido para o trabalho. Tem psicóloga que ama literatura, psicóloga que apostou nos caminhos da meditação, a educadora do sono infantil que apoia milhares de mães e a terapeuta que tem difundido uma proposta de bem-estar feminino, a vaporização do útero. Veja:
Eu conheci a psicóloga Bruna Berger Roisenberg em um curso de escrita criativa e logo veio um convite dela para assinar a newsletter que ela estava prestes a lançar: Instante Perecível. Adorei o nome “clariciano”, achei a ideia maravilhosa e aceitei na hora, aproveitando para perguntar se ela toparia participar dessa pauta. Ela também aceitou e contou um pouco da sua relação com o conteúdo. É ela que faz tudo e, se você der uma espiada nas redes da Bruna que vou colocar mais abaixo, você vai entender do que estou falando quando afirmei que há conteúdos de profissionais autônomos melhores do que os de muitas marcas.
Desde que começou a atender, Bruna tem um Instagram e um site profissional. Em 2018, começou a fazer mais postagens e divulgar o trabalho para interagir mais com as pessoas pelas redes sociais. Em 2020, ela decidiu apostar no formato podcast e criou o Literapia, em que faz uma curadoria de textos com potencial terapêutico para uma leitura. Esse ano, veio a newsletter, que hoje tem mais a ver com o processo de escrita e dos afetos da Bruna, mas é uma ferramenta que ela acredita que futuramente tem potencial de divulgar seu trabalho, falando de suas novas áreas de atuação ou novos cursos, por exemplo. Entre as dificuldades, Bruna destaca os aspectos técnicos, de aprender sobre as ferramentas do podcast, por exemplo
“No Instagram, tenho retorno mais direto de pessoas que procuram meu trabalho de psicóloga. Pela newsletter, o envolvimento e a troca com as pessoas é mais amigável, de encontro de pessoas que gostam de ler e escrever”, explica. “Eu gosto muito de tudo que eu faço, seja no podcast, Instagram ou newsletter”.
Instagram: @psicologabrunabr
Newsletter Instante Perecível (primeira edição): https://mailchi.mp/0fb8b8e2704a/instante-perecivel
Podcast Literapia: https://anchor.fm/psicologabrunabr
Instagram do podcast literapia: @literapia.podcast
A Vera Querino é mãe de uma amiga, a Tatiana Querino. Logo no comecinho do distanciamento social, nos tempos mais rígidos de quarentena, a Tati falou se eu gostaria de receber os conteúdos da mãe dela, propostas de meditação. Eu não só topei como convidei outras pessoas para o grupo. Passei a acompanhar mais de perto o trabalho da Vera, aí a convidei para a pauta.
Ela contou que os primeiros contatos com conteúdo foram em 2016, quando começou a publicar no Facebook e YouTube junto com uma amiga. Mas, na época, não foi possível conciliar com demandas de conteúdo e trabalho. Aí ela passou a fazer postagens esporádicas, quando dava tempo, no Facebook. Com o início da pandemia, ela se questionou de que forma poderia ajudar as pessoas porque notou que estavam com a saúde mental prejudicada. Ela queria fazer algo de forma gratuita para que todos pudessem participar. Foi quando ela montou uma lista de transmissão no WhatsApp, com contatos de pessoas que já conhecia, para enviar conteúdos e dizer às pessoas que “Hoje será o seu melhor dia”.
Houve uma mudança na política de privacidade do WhatsApp e ela abriu grupos em que só ela enviava conteúdos e foi atrás de uma pessoa para ajudar. Foi quando ela começou com conteúdos diários pelo Instagram, passando por diversas propostas de conteúdo “Bom dia”, “Meditação”, “Aprendendo com a Vida” e “Exercícios de Gratidão”. Vera voltou à meditação, que foi um pedido das pessoas do grupo. “São exercícios de meditação para que as pessoas fiquem mais centradas e acreditem mais na vida, acreditem na própria força”.
Com relação ao retorno e feedback, Vera queria inicialmente chegar às pessoas para que elas tivessem uma ferramenta de mudança real, mas o negócio também se movimentou: foi convidada para lives, a procura no consultório aumentou, mas ela ficou muito bem impressionada com o feedback das pessoas em relação às transformações. “Foram muitos feedbacks de gratidão e isso me deixou muito feliz. Me fez refletir muito sobre como a mídia digital é algo importante e nem sempre é usado de forma adequada”, disse Vera. “Pode ajudar muita gente porque o alcance é muito grande. Eu fiquei encantada de estar realmente fazendo alguma coisa para ajudar”. Assim como a Bruna, Vera disse que a maior dificuldade foi mesmo mexer com as plataformas e a agência que ela chamou para ajudar resolveu esse problema. Hoje, ela também pensa em como fazer com que as pessoas falem mais do que estão precisando e dêem mais feedback para que ela continue a lapidar a proposta e entregar conteúdos relevantes e transformadores. Hoje, além do grupo gratuito, Vera coordena um grupo de estudos semanal pago para os que querem se aprofundar em como melhorar a própria vida, com parte teórica e prática além da meditação.
Instagram: @vera.l.querino
Grupos de WhatsApp: para participar dos grupos, tanto do gratuito quanto do pago, basta entrar em contato com a Vera pelo Instagram ou mandar mensagem para ela no WhatsApp pelo número (15) 99117-9133.
A Madu Drummond eu conheci quando trabalhávamos no mesmo coworking em Pinheiros, em 2018 e 2019. Não tenho filhos, portanto, nunca fui cliente dos serviços da Madu, mas sempre achei um universo muito curioso e ela o abordava muito bem em seu Instagram. Em 2020, a Madu nos ligou e perguntou se podíamos auxiliá-la com os conteúdos. Pronto, virou cliente e trouxe um assunto delicioso para dentro da Cabrun!. Chamei para participar da pauta não por ser cliente, mas porque vem fazendo uma construção interessante e poderia contribuir dentro do assunto profissionais autônomos e conteúdos.
Ela começou a trabalhar com conteúdos logo que iniciou as atividades com consultoria do sono e logo viu o potencial no Instagram. Isso foi em 2016. “Dedico todos os interesses de marketing no Instagram porque vejo muito potencial para falar com meu público. São mães de crianças de 0 a 3 anos, gestantes e mães de crianças um pouco mais velhas. Busco trazer todas as questões que envolvem o sono: ciência, rotina, dúvidas das mães. Crio conteúdos que levem informações na rotina do sono”, explica a consultora.
Hoje, a Madu tem um site também, mas é pelo Instagram, sobretudo, que o negócio roda e muitas mães que viram clientes a encontram por lá, portanto, há um bom retorno financeiro. Só que para que o perfil esteja ativo, é preciso ter uma rotina de abastecimento, levantamento de pautas, produção de artes, novas ideias e acompanhamento constante para o perfil crescer, o que a consultora, sozinha, não estava mais conseguindo fazer devido às diversas outras demandas. Por isso contratou agência. “Assim tenho certeza de que estou mantendo essa parte viva”, conclui a consultora, que está prestes a lançar um projeto de grupos pagos para difundir conteúdos sobre sono infantil no WhatsApp e ter uma alternativa às consultorias.
Instagram: @madudrummond
Conheci o trabalho da Kassi Klafke pelo perfil da Vagina Sem Neura (@vaginasemneura), que é fisioterapeuta pélvica e tem também um trabalho incrível voltado à saúde íntima feminina. Eu já tinha feito vaporização do útero em momentos pré-pandemia, em grupos de mulheres. Achava uma delícia, mas adorei a proposta da Kassi de fazer um protocolo mais individualizado e fiz uma consulta com ela e tenho me presenteado com momentos de pura conexão e relaxamento nesses tempos adversos vaporizando o útero com os blends de ervas que a Kassi me sugeriu. Percebi que há um interesse crescente de mulheres por esse tipo de serviço e o Instagram da Kassi (@minhamaestria) tem crescido muito dia após dia. Ela começou com os conteúdos em setembro de 2020. Hoje, 31 de janeiro de 2021, enquanto escrevo esse post, são mais de 14 mil seguidoras reunidas no perfil.
Os conteúdos da Kassi são basicamente textos, fotos, stories e, recentemente, ela começou a apostar mais em vídeos. Ela escolheu primeiro o Instagram por ser “uma plataforma de maior visualização” para o conteúdo que ela produz atualmente. Aos poucos, está expandindo para Telegram e YouTube.
Ela observa uma relação direta entre o envolvimento do público com os conteúdos e os reflexos no negócio. “Quanto mais produzo conteúdo, há mais engajamento e maior visibilidade do meu trabalho. Por consequência, há mais compra do meu produto e isso traz reflexos para o meu negócio”. Além das consultas, Kassi também vende acessórios que ajudam na prática, como banquinhos e cumbucas para colocar a infusão.
Os maiores desafios relatados pela terapeuta são bem parecidas às das outras profissionais autônomas ouvidas para o desenvolvimento desse post: fazer planejamento de produção de conteúdo e esse conteúdo trazer de forma linear engajamento e resultado. “É um caminho de aprendizado e eu me considero recém-começando a engatinhar!”, diz Kassi.
Instagram: @minhamaestria
Site: https://loja.minhamaestria.com/
YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCe1JuQQHo-QDv1WEB7rWYOg
Telegram: https://t.me/joinchat/RS59XfyHMVFdyZXe
Gostou da experiência dessas profissionais autônomas com a produção de conteúdos? Concorda comigo que elas têm uma produção mais elaborada do que de muitas marcas? Conhece outros perfis semelhantes? Compartilhe conosco nos comentários.
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