Ao longo desse último ano em que estivemos mergulhados em uma pandemia, conheci muita gente de perfis diferentes e um desejo em comum: escalar negócios na Internet. Um curso, um grupo pago de WhatsApp ou Telegram, uma mentoria online, a vontade de virar influencer e viver de patrocínios…os modelos são variados e muitos não se dão nem conta de que o podium desse admirável mundo novo fica no fim de um caminho tortuoso como qualquer outro empreendimento e essa é a grande cilada.
Bons profissionais e experientes em seus mercados, essas pessoas que me inspiraram a escrever esse post – prospects ou amigos que queriam trocar uma ideia apenas – vêm na Internet uma tábua de salvação para o momento que estamos vivendo, o que é uma leitura plausível. Alguns, no fundo, acalentam também um desejo (legítimo, por que não?) de pavimentar uma estrada para trabalhar bem menos e ganhar muito mais em um futuro próximo. Não vejo nada de errado com nenhum dos dois motivos, mas aí vem um ponto crucial que faz dessa possibilidade real um sonho distante para 99,9%. Há, de forma geral, imaturidade, inconsistência nas ideias e total despreparo para o jogo do empreendedorismo porque eles imaginam colher louros sem correr riscos e também têm pouca desenvoltura no meio digital, falhando na capacidade de entender que o sucesso nesse meio também é uma construção, leva tempo e é alcançado com muitos esforços e um bom tanto de investimento inicial e não estou falando só de dinheiro, o tempo é elemento importantíssimo aqui. Aliás, recomendo a leitura de um texto que escrevi lá para o blog da Cabrun! sobre profissionais autônomos que vêm usando conteúdos para divulgar seus negócios com muito sucesso e mais consistência do que muita marca grande, pois esses sim dando passos conforme o tamanho das pernas e trabalhando por algo consistente que provavelmente trará frutos ainda que não seja instantaneamente.
Como empreender no mundo analógico, digamos assim, um projeto no mundo digital requer investimentos de tempo e dinheiro em sua fundação. É preciso dedicação para estudar um modelo factível e descobrir aquela intersecção mágica entre o que você tem para oferecer de melhor, o que pode fazer sentido para as pessoas dentro dessa perspectiva e o que é factível de ser consumido no mundo online.
Depois, é hora de colocar a mão na massa e pensar em muitas variáveis: plataforma para que a experiência do usuário seja incrível (isso é importantíssimo porque eu mesma fiquei meio desapontada com algumas experiências como consumidora por aí), a precificação que valha a pena pelo trabalho, mas dentro de um valor que as pessoas também estejam dispostas a pagar, a divulgação, conteúdos, novamente escolha de plataformas, anúncios no Facebook, Instagram, LinkedIn, Google Ads, um site decente, sequências de e-mail marketing, os profissionais envolvidos em todas essas etapas e tudo, claro, sem garantia de nada porque tem aquele componente do risco que mencionei lá em cima inerente a qualquer iniciativa empreendedora.
Dá para sacar que aí pelo menos uns 80% dos guerreiros desertam sem nem tentar a travessia, né? Voltam esbaforidos para os seus lugares só de pensar. Mas, também acho que entre os que persistirem, muitas histórias interessantíssimas vão aparecer e vou adorar acompanhá-las como consumidora ou comunicadora para poder falar sobre elas aqui futuramente.
Texto originalmente publicado no LinkedIn Pulse de Ana Carolina Barbosa, sócia e diretora criativa da Cabrun! Veja aqui.
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