Eu não sei vocês, mas o que mais vejo das marcas por aí (de todos os portes e segmentos) é conteúdo que parece um eterno ChatGPT em looping. Chatos que são uma desgraça…
Como trabalho com isso, muito prospect quer começar uma conversa querendo saber o que acho dos conteúdos atuais deles e tal e muitos acham verdadeiramente que estão indo superbem e eu fico na saia justa do que falar para não ser deselegante e nem jogar baldes de água fria.
Bom…acomode-se confortavelmente no sofá, na cadeira ou na rede para continuarmos essa conversa, que tem como ponto de partida reflexões profundas que tenho feito ultimamente sobre para quem e com quem, primordialmente, eu quero trabalhar.
Entre o fim de abril e o começo de junho, eu fiz um curso de newsletter da Ana Holanda. A Ana tem uma newsletter maravilhosa sobre reflexões de escrita e processos criativos que chega no e-mail toda segunda-feira por volta das 10h da manhã. No curso, ela contou que a taxa média de abertura dessa preciosidade que ela envia é de 40%. Quem, por acaso, sabe um pouquinho de métricas vai ficar de queixo caído com essa informação porque 20% já considerado um sucesso estrondoso…40% então… 😲
Sem dar muitos spoilers do conteúdo do curso da Ana, que vale muito a pena para quem quer se aprofundar no tema, destaco uns pontos um tanto óbvios e que, na verdade, eu também já tenho essa percepção por conta aqui do trabalho da Cabrun!, já que produzimos newletters para vários clientes.
O fato é que a newsletter é também um dos caminhos de conversão mais importante para os produtos da Ana (mentorias, cursos, etc) e, como ela bem destaca, a proposta sempre foi construir uma relação, uma conversa. É algo muito distante do panfleto eletrônico disruptivo que encontramos na maioria dos EMKTs e newsletters.
Usei como exemplo a newsletter da Ana Holanda, mas quando falamos de produção de conteúdos capazes de construir e solidificar relações e virar hábitos, podemos pensar em outras plataformas que venham a fazer sentido para o seu público.
Recentemente, ouvi um episódio bárbaro do podcast “Bom dia, Obvious!” que é uma conversa entre a Marcela Ceribelli e a Luanda Vieira em que, bem no final, a Marcela conta um pouco da história do podcast que tem uma taxa de retenção (métrica importante para podcasts) elevada. Ela diz que é todo um contexto de produtos, incluindo redes sociais, newsletter, pocasts e outros, feitos ao longo de muito tempo e com consistência que contribuem para que esses conteúdos virem um hábito na vida dessa comunidade que ela agrega e que demorou muito tempo para que o podcast, por exemplo, monetizasse a contento.
O fato é que noto que muitas marcas querem resultados como os da Ana ou os da Marcela. Querem permear a vida de um grupo de pessoas específico, querem construir relações sólidas com elas e querem virar hábito, mas não têm fôlego e ímpeto para todo esse trabalho. Querem os resultados rápidos, cada vez mais desafiadores e pouco perenes da publicidade porque não geral eles dependem mais de dinheiro do que de trabalho.
Fazer conteúdo consistente, capaz de estabelecer vínculos e ser elevado ao status de hábito, requer trabalho, entendimento, troca, diálogo. Não é apenas uma questão de dinheiro e potencial de investimento.
Uma vez, eu ouvi em um evento, não lembro muito bem de quem, que para se relacionar com uma pessoa hoje (referindo-se a clientes, consumidores, usuários..), é preciso comer junto um quilo de sal. Eu moro sozinha, cozinho praticamente 95% das refeições na minha casa e um quilo de sal por aqui demora entre 8 e 9 meses para acabar, em média. Faça essa observação na sua casa! Pois é…
Texto originalmente publicado no LinkedIn da Ana Carolina Barbosa, sócia e diretora criativa da Cabrun! Veja aqui
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