Faz quase 10 anos que eu fundei a Cabrun!, mas estudo incansavelmente a área de marketing de conteúdo há pelo menos 12. Com a experiência acumulada com os clientes que tive ao longo dessa jornada, tenho certeza de uma coisa: quando bem-feito, funciona e proporciona inúmeros benefícios! Há tempos queria testar o potencial da produção de conteúdo para validar uma ideia de negócio, tateando as possibilidades e as melhores maneiras de encontrar lugar ao sol.
Lógico que um cliente com esse perfil é uma tarefa árdua porque depende de um empreendedor calçado financeiramente para bancar o desenvolvimento do negócio e a produção de conteúdo ao mesmo tempo, o que sei que não é fácil. Até que, por esses caminhos sábios e imprevisíveis da vida, acabei virando eu mesma essa empreendedora-cliente-dos-sonhos da Cabrun!.
Uma atividade sensorial
Tudo começou com a pandemia do novo coronavírus de 2020, que foi um momento de reflexão para muita gente, inclusive para mim. Apesar de ser muito feliz com o que eu faço, com a proposta profissional que criei e com a autonomia que conquistei, descobri nessa imersão forçada pela crise sanitária (e depois agravada pela política e econômica…) que eu me sentia incomodada com três coisas:
Provocada por esse terceiro ponto que mencionei aí, decidi começar a estudar perfumaria botânica, um assunto que namorava uns anos, mas que estava soterrado com tantas obrigações e atividades cotidianas. Com o isolamento e tempo extra que ganhei ao eliminar por motivos maiores a necessidade de deslocamentos pela cidade e vida social, consegui resgatar esse projeto.
O fato é que tudo aconteceu em muita sincronicidade. Eu já fazia alguns cosméticos naturais para uso pessoal e vinha comprando de algumas marcas naturais também, uma escolha que tenho feito em todos os aspectos, da alimentação, passando pelo vestuário (preferência por tecidos naturais observando a sustentabilidade da cadeia) até os produtos de limpeza da minha casa. Com a pandemia, essas marcas não estavam muito estruturadas para o digital e acabei ficando na mão para algumas coisas, tendo que ampliar o meu repertório.
Notei aí algumas lacunas nas marcas que já atuam nesse mercado: pouca estrutura para o digital, baixo compromisso com experiência do consumidor e fragrâncias muito manjadas nas composições. Pensei: por que não trazer um pouco dos conhecimentos das aulas de perfumaria botânica? E comecei a fazer despretensiosamente, para mim mesma e para presentear alguns amigos. Até que eles começaram a me pedir repeteco, queriam pagar pelo produto e eu não estava preparada para fazer para vender.
Vi aí uma possibilidade de negócio que poderia trazer mais para minha vida a atividade sensorial (e vislumbrei aqui que poderia ser remunerada) que eu estava procurando. Os meus conhecimentos de comunicadora, no entanto, foram cruciais para estruturar tudo de forma adequada e profissional.
Nasce a Cheimelier
Busquei um nome, fiz um curso de naming e escolhi Cheimelier por uma série de fatores, um dele é que, por ser um nome inventado, mas totalmente dentro da proposta do meu negócio, será mais fácil registrar a marca. Inclusive, o domínio .com.br estava disponível e eu já comprei por via das dúvidas.
Abri um perfil no instagram (@cheimelier), fui atrás de fornecedores de matéria-prima e embalagem, encomendei uma sessão de fotos e pedi para uma amiga uma identidade visual provisória para um catálogo online e layout de Instagram. Escalei a tia para uma ajuda mais operacional e promovi uma venda de natal, com encomendas, pois é o único jeito que consigo fazer no momento.
Eu não tinha expectativas e parâmetros, mas considero que a venda foi um sucesso e o feedback mais ainda. As pessoas gostaram da proposta. Tem muita gente na mesma busca que eu: produtos naturais, funcionalidade e experiência sensorial interessante.
Manteiga esfoliante com lavanda, olíbano e bergamota: um dos produtos favoritos da primeira venda de Cheimelier, no Natal de 2021.
Tive vários insights a partir dessa venda, corrigi algumas rotas com embalagens e métodos de entrega por exemplo e uso o Instagram praticamente diariamente para engajar a comunidade, ainda pequena, mas significativa que estou criando em torno da proposta de marca de produtos de higiene pessoal com toque de perfumaria botânica.
Lá, falamos sobre a exploração do olfato, sentido um tanto subestimado, mas fundamental para a apreciação dos meus produtos, produtos naturais, bastidores de produção, criação da marca, faço enquetes para entender no que focar e tudo está caminhando bem, me deixando mais confortável e segura para os próximos passos.
Por enquanto, o próximo passo é uma venda especial para o dia das mães, com a introdução de alguns novos produtos. Um passo de cada vez e uma certeza: os anos de Cabrun! têm ajudado – e muito – a estruturar a Cheimelier.
Na venda especial de Dia das Mães, em 2022, usei alguns insights da primeira venda para aprimorar embalagens e montar kits de presente, por exemplo, além de introduzir novos produtos que se alinham ao home spa, algo que agrada à comunidade que segue Cheimelier no Instagram conforme conversas iniciadas.
Algumas lições até o momento que eu compartilho com vocês:
Eu percebi a partir da venda de natal que muitas pessoas compraram os produtos para presentear e providenciei embalagens mais cuidadosas para a venda de dia das mães.
Se quer validar uma ideia de negócio e usar o conteúdo como ferramenta, fale com nossa equipe.
Texto originalmente publicado no LinkedIn Pulse da Ana Carolina Barbosa, sócia e diretora criativa da Cabrun!
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