Eu não sei se é atribuída a alguém a frase “O seu real dever é salvar o seu sonho”.
Eu sei que me deparei com ela na loja da artista Ju Amora, na Galeria Metrópole, no centro de São Paulo. É aquele tipo coisa que gruda na mente e nunca mais sai.
Volto aqui com a produção de artigo para trazer uma contribuição a essa frase. O seu real dever é comunicar o seu sonho. Digo isso porque um sonho que não sai da gente não tem força suficiente e não reverbera.
Também escolhi maio, o mês em que é comemorado o dia do trabalho porque as atividades laborais muitas vezes matam os sonhos de asfixia. Morte lenta, doída, com gosto amargo de frustrações acumuladas.
Agora, conforme você verbaliza esse sonho e dá passos ainda que pequenos em direção a ele (apesar do trabalho, apesar das obrigações da vida adulta), você manda um sopro de vida e o fortalece para trazê-lo ao mundo real.
Uma coisa boa sobre sonhos é que eles podem viver em camadas. Eles se sobrepõem sem necessariamente se anular. Explico: o que vivo hoje já foi um sonho.
Tenho uma empresa, ajudo outras empresas e pessoas a comunicar melhor suas propostas e me sustento fazendo o que acredito. Não romantizo porque nem tudo é perfeito nessa jornada. Os percalços existem e eles são muitos.
Acontece que, toda vez que me pego brigando com eles, eu lembro quão infeliz eu estaria se estivesse dedicando ao menos 8 horas por dia para trabalhar para os sonhos de outras pessoas. Os sonhos dos outros são territórios nebulosos, confusos e com finalidades fora de sintonia com a nossa verdade, muitas vezes. Na maioria delas, eu diria.
Hoje também tenho outros sonhos que não têm relação com o que faço hoje. Já contei aqui, inclusive sobre as minhas investidas na área de perfumaria e cosmética natural. Esse é um sonho ganhando corpo e que quero vê-lo ainda com mais vigor. Vou encontrando jeitos de mandar sopros de vida diariamente para ele enquanto isso.
Na pandemia, decidi que não quero me dedicar exclusivamente a atividades intelectuais. Quero equilibrá-las com atividades manuais, artesanais.
Acredito que a vida tem caminhos sutis de nos sinalizar se estamos no caminho certo. Em março, concluí a leitura do livro “Simplicidade Elegante”, do ativista indiano Satish Kumar, e ele diz em determinado momento o quanto a atividade manual é importante como caminho de autonomia e felicidade.
Eu adoro esse trecho:
“Para que possamos integrar fatos com sentimentos e passar da informação para o conhecimento, é preciso introduzir a ideia de “aprender fazendo”- usando a cabeça, o coração e as mãos. A sabedoria se manifesta a partir do encontro entre conhecimento e experiência. A função da educação não é produzir números cada vez maiores de consumidores, mas ajudar os seres humanos a se tornar artesãos e criadores, usando a própria intuição e imaginação, bem como sua habilidade e técnica.
Precisamos oferecer a todas as pessoas oportunidades para desenvolver habilidades artesanais, como cerâmica, marcenaria, tecelagem, consertos de roupas e reparos em geral. O status de fazer algo manual deveria ser equivalente ao status da ciência, da matemática e da literatura.” (pág.135)
Vibrei!
Nem todo sonho está relacionado a um meio de ganhar a vida. O seu sonho pode ser escrever um livro, formar uma banda, abrir uma ONG, pintar uma sequência de quadros. O fato é que se você não der passos em direção a isso, simplesmente não acontecerá.
Em alguns casos, se você não souber comunicá-lo com eficiência, ele também não terá sobrevida. Será um sonho natimorto.
Se você tem um sonho e quer vivê-lo nessa vida, você precisa tomar algumas atitudes.
A vida é muito curta para a gente sonhar e não realizar. Tem outra frase que vive impregnada em mim desde que a li pela primeira vez: “Mereces lo que sueñas”. Pelo menos essa eu sei que é do poeta mexicano Octavio Paz.
Artigo publicado originalmente no LinkedIn Pulse da sócia e diretora criativa da Cabrun!, Ana Carolina Barbosa.
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