É natural que as marcas queiram pegar carona em um conteúdo que faz sucesso . Não poderia ser diferente com o grande fenômeno da web que é o Porta dos Fundos. O grupo que faz as tão esperadas esquetes de humor das segundas e quintas usa as marcas naturalmente como pauta. No último domingo, três integrantes da equipe (Antônio Tabet, Gregório Duvivier e João Vicente Castro) participaram de um debate no Festival do Clube de Criação São Paulo, falando sobre o processo de criação e como as marcas são inseridas naturalmente ou sob encomenda nesse contexto. “A vida tem marcas, você fala de marcas no dia a dia. A gente não precisa entortar o roteiro para falar de marcas”, explica Tabet.
O grupo já produziu conteúdos em que algumas marcas apareceram naturalmente como Tim, Coca-Cola, Dolly e Spoleto. Algumas abraçaram a ideia e decidiram encomendar novos conteúdos no mesmo tom, como Spoleto, ou aproveitando o buzz, como a Coca-Cola, que fez a latinha de Coca-Cola Zero com o nome Kellen. Castro conta que quando o pedido para fazer uma esquete vem da marca, a equipe geralmente prepara dois roteiros e se a marca nega, eles saem do trabalho.
Em outra ocasião, no Fórum Brasil de Televisão, evento que aconteceu em junho em São Paulo, o diretor Ian STB contou que esse não é o core business do grupo, que tem como proposta fazer humor ácido, sem bordões e sem amarras e sem a preocupação com o politicamente correto, o que está muito distante da política de comunicação de muitas empresas, inclusive das de comunicação e é por isso que a equipe resiste em ir para a televisão. “Sempre que a gente pensa nas marcas, a gente pensa em escrotizar as marcas”, disse. “A gente não faz o que a gente acha que é ruim. Nos perguntamos: dá para fazer? É engraçado? Funciona para a gente?”.
É notável a diferença entre as marcas que aparecem de forma orgânica nas esquetes e aquelas que encomendam filmes. Acompanho algumas produções e acho que a mais feliz na encomenda foi a Spoleto, que soube manter o tom de humor e ironização do Porta dos Fundos. O de Bis, Visa e Dorflex que coloco abaixo me parecem uma versão muito light de Porta dos Fundos, algo feito para estar na moda, sem aproveitar a essência do grupo, sem casar com a essência da marca. O que vocês acham?
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