É exaustivo. Além de serem bons no que fazem, os profissionais precisam passar parte do dia fazendo vídeos, publicando nas redes sociais e brigando com os algoritmos para tornarem-se relevantes. Ou sentirem que são. Ou o público reconhecer que são.
Esse fenômeno, que aqui chamamos titktokização das profissões sem me referir exclusivamente apenas à plataforma TikTok, é real e tem impacto no trabalho das pessoas, especialmente de quem empreende.
Há a sensação de que não se expor e não expor o que sabe é estar fazendo algo absurdamente errado.
Eu sinto essa angústia na conversa com alguns prospects e já ouvi coisas do tipo.
– Por favor: qualquer coisa menos dizer que eu tenho que fazer dancinhas no TikTok (profissional da área de construção civil).
– Instagram hoje em dia é o melhor portfólio. Não querem saber de você se não tiver Instagram (profissional da área de nutrição).
– Mas tem que ter conteúdo diário…senão o algoritmo não entrega. Tem gente bacana que sigo, mas noto que fica se repetindo e falando asneira para continuar aparecendo para as pessoas (profissional da área de educação parental).
Um drama da vida real que tem fundamento.
Mas, ou você domina a situação ou fica correndo atrás do rabo eternamente.
Vamos aos fatos:
– Não, a sua quantidade de seguidores em qualquer rede social não determina seu valor. Nem a quantidade de curtidas no seu post diz algo factível sobre a sua qualidade. Também não quer dizer que você vai bombar de vender seus produtos e serviços, ser contratado ou realizar qualquer que seja seu objetivo por isso.
– Qualquer bom profissional precisa encontrar caminhos para ser referência no assunto que domina, mas não necessariamente precisa passar horas do seu dia gravando vídeos engraçadinhos para engajar.
– Especialmente para quem empreende, a divulgação precisa estar no plano de negócio, mas é preciso traçar objetivos e caminhos. Não é ligando câmera a todo momento e aleatoriamente que se faz isso.
– Há cursos de comunicação social porque essa é uma competência de enorme responsabilidade e há habilidades a serem desenvolvidas para o seu pleno exercício. Você pode até ter carisma e saber falar sobre seu produto e serviço como ninguém, mas talvez não esteja criando narrativas consistentes e estratégias longevas para o seu negócio. No pior dos cenários, pode estar perdendo tempo com a prepotência de não saber se fazer entender, o que é triste.
Por fim, um desabafo pessoal…as redes sociais estão cada dia mais insuportáveis por causa dos infinitos especialistas de coisa nenhuma que andam circulando por elas e por causa da lambança dos algoritmos também.
Escrevo esse texto na semana em que Luísa Sonza descobriu a traição do Chico Moeda e que a Sandy desfez um casamento de anos. Tenho zero interesse pelos dois assuntos, mas tive que ver toneladas de posts sobre eles. Nem fã sou, mas fui atravessada. Embora tenhamos uma enganosa sensação de controle, como usuários das redes temos cada vez menos escolhas sobre os conteúdos que consumimos.
Com o perdão dos trocadilhos, se tu que estás me lendo quiseres fazer algo bacana, estruturado e potente pela comunicação do seu negócio, me chama no inbox.
Texto originalmente publicado no LinkedIn da Ana Carolina Barbosa, sócia e diretora criativa da Cabrun! Veja aqui.
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